Vais para um sul fugindo ao meu norte...
No curto caminho dum profundo desnorte...
Onde voo sem asas alado caindo...
Como quando chegaste sem nunca ter vindo...
Num dia de sol e sem brilho na lua...
Vieste vestida, para mim bela e nua...
Uma brisa trazida ao sabor do vento...
A paz que trouxeste, nada mais que um tormento...
Um rasgo de ódio sedento de paixão...
Na luz ofuscada desta escuridão...
Mostrei-te no dia perdido na noite...
Com palavras esquecidas, sem elas amei-te...
És como um tesouro na minha miséria...
Não, não és nada, pura matéria...
Um jogo de azar ou um tiro de sorte...
Trouxeste-me a vida...nunca minha morte...
domingo, outubro 01, 2006
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3 comentários:
E depois diz que não tem veia poética...
Gostava de ser uma palavra dos teus poemas, mas daqueles que dizes no silêncio de um olhar...
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