domingo, maio 21, 2006

One...

Cassiel: If you'd known this was going to happen...would you have done it?

Seth: I would rather have had...one breath of her hair...one kiss of her mouth...one touch of her hand...than an eternity without it...One...

In"City of Angels"

quarta-feira, maio 17, 2006

Jura? Não pode...

Houve uma determinada altura da minha vida, em que estando a trabalhar numa empresa com algum renome a nível nacional me vi confrontado com um facto curioso...as dificuldades e a conjuntura que se verificavam na altura nessa mesma empresa originaram que em determinado momento passasse a ser prática comum ouvir-se nos corredores a pergunta denominada da praxe: “Então, ainda trabalhas cá?”...

Adequando essa mesma pergunta aos tempos actuais, chego à conclusão que a pergunta da praxe que hoje faria sentido se associada à conjuntura actual da minha vida seria “ Então, já te separaste?”. É que nunca tinha observado, em qualquer outra altura, situação idêntica. O facto de ter eu próprio passado por uma situação similar por si só originou que a abertura para esse tipo de situações fosse diferente. Mas a sério, são tantos os casos, com tanta gente diferente e de áreas tão distintas que já não me surpreende...sinceramente que não...estranhei, realmente quando fosse a quem fosse que eu contasse, por qualquer motivo, a minha situação fosse confrontado com o facto de que eu não passava de apenas mais um...e quando com o passar do tempo constatei que o número era cada vez maior, que tinha subido abruptamente, fiquei simultaneamente estupefacto e deliciado...perdoem-me, mas fiquei...

Estupefacto, por motivos que já nem sequer me interessam falar...já estão ou serão em tempo útil expostos...Peço desculpa, mas neste momento não estou com paciência para tal...e deliciado porque desde que tirei a carta que não via tanta gente conhecida a fazer exactamente e na mesma altura o mesmo que nós...Moda? Não sei...mas que é curioso, é...no mínimo! E olhem que a ideia de um grupo do género dos alcoólicos anónimos até que não era de todo descabida nesta altura do campeonato...

Apenas factos...Simplesmente brilhante...Nem eu teria feito melhor...

O divórcio é uma experiência horrível para cancerianos. Nenhuma separação é fácil para Câncer, mesmo que o relacionamento esteja tão extinto quanto um dinossauro e ambos saibam disso. Mais uma vez, aprenda a ler os sinais. Retração gradual e desinteresse sexual - duram e não são apenas um humor passageiro - muitas vezes, a maneira de Câncer dizer: "Me tire daqui"! Mas o canceriano raramente é aquele que toma a decisão de abandonar uma relação infeliz. O confronto emocional é muito aterrorizador. Eles preferem tornar-se mais chatos lenta e progressivamente, sem que eles mesmos percebam, até que tome a iniciativa de romper. Mas é preciso muito para que um canceriano chegue a esse ponto: passar por cima de seus sonhos e sentimentos constantemente, ser insensível ou fria, ou, na pior das hipóteses, traí-lo.

Lembre-se que cancerianos nunca têm corações sobressalentes à disposição. Aquela casca dura que eles demonstram está ali para a autoproteção e não por opção. Mesmo um companheiro pela vida toda poderá nunca chegar a ver o caranguejo em posição verdadeiramente vulnerável. E, mesmo depois de alguém ter vivido por décadas com uma pessoa de Câncer, pode ser que ainda não conheça a profundidade de sentimento que ele tem por você. Às vezes nem ele mesmo sabe. Um nativo de Câncer que ama profundamente pode ser moído em pedacinhos se a confiança for maculada. E ele tem uma memória muito, muito longa. Pode ser que ele não a deixe, mas nunca - mesmo - esquecer.

Esse é um signo fácil de amar pela suavidade, sensibilidade, imaginação, sutileza, e coragem delicada. O canceriano possui uma capacidade verdadeiramente mágica de curar seus medos, sua dor, insegurança e solidão. Ele é protetor e delicado e é capaz de fazer você se sentir muito segura e muito, muito amada. E, no entanto, é mais difícil tolerar os humores, os jogos emocionais e o egocentrismo inato da criança sempre presente nesse signo complexo.

O parceiro canceriano também possui a capacidade de enfurecer e confundir, desnortear e irritar, enraivecer e exasperar até mesmo a pessoa mais equilibrada. Se está procurando consistência e uma personalidade permanentemente fácil em um parceiro, procure em outro lugar. Qualquer que seja o papel de seu canceriano - ou mãe protetora, ou ambos - necessidade de proximidade está sempre lá no fundo, mesmo em meio a um mau humor ou um período de retração emocional.

É possível que o canceriano chegue a um porto seguro por volta dos vinte e cinco anos de idade, embora, dada a complexidade de sua natureza, esta possa não ser sua última parada. Esse homem dá um pai incrivelmente amoroso, contanto que não fique com ciúmes da maternalização que suas crianças receberem. No entanto, infelizmente, se ele firmar compromisso muito cedo, poderá descobrir mais tarde que só precisava de segurança e não que seus sentimentos mais profundos fossem atiçados. Como um bom vinho, a compreensão do canceriano sobre si mesmo se aprofunda e melhora com a maturidade.

Esse homem aprecia um parceiro forte - que "forte" não signifique que você não precisa dele. Seus humores e ansiedades precisam ser compreendidos, embora não seja necessário que você os tolere com um sorriso no rosto e para sempre. Se você se envolver com ele emocionalmente, mesmo que tiver de ser com raiva, ele responderá. Embora retroceda diante de separações, pode ser que ele vague, emocional ou fisicamente, se estiver com vontade. A boa notícia é que ele sempre estará de volta. Isso depende de você, é claro. Mas se ele souber que a magoou, fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar fazê-lo outra vez.

Ainda é difícil para esse homem com humores, introvertido, mutável e imaginativo sentir- se inteiramente seguro de si. Ele sempre veste uma camuflagem. Os dois melhores disfarces do canceriano são o pensador duro e racional e o extrovertido alegre. Não se engane com nenhum dos dois - só humores. Viver tão perto das forças e correntes do mundo interno imaginário e emocional é um grande desafio para um homem de Câncer. Aí está a maior fonte de sua criatividade, mas pode levar algum tempo e algumas experiências dolorosas até que seus dons venham à tona.

O homem de Câncer nunca é um parceiro fácil. Ele é complexo demais. Pode ser evasivo e indireto e quanto mais profundo o problema, menos ele irá querer ouvir falar dele. Pode ser que ele fique emburrado e chato em um momento, e efusivamente sentimental em outro. Mesmo quando está vestindo aquela máscara hiper-racional e finge estar sendo lógico, ele é elusivo e misterioso. Você nunca realmente chegará ao fundo de sua alma secreta. Mais importante que tudo, esse homem tem profundidade e amplitude de sentimentos incríveis e uma vivacidade extraordinariamente profunda e rica.

sexta-feira, maio 12, 2006

O delírio das massas...

Freud, em “O mau estar da civilização”, disse que a religião era o delírio das massas...isto em meados do século XX, quando ainda existiam valores e moral e alguma crença de que o objectivo de vida era um pouco mais do que apenas viver...apostava-se num ser divino que supostamente nos colocava sob certos e determinados padrões de vida, baseados em regras muitas delas anti psique, mas que nos permitiam viver de uma forma mais ou menos saudável em sociedade e mesmo connosco próprios...mantendo alguma estabilidade que nos permitiam passar ao lado das chamadas doenças do novo século, as depressões, os stresses e as crises de meia idade, principalmente as fora de tempo...No fundo, a visão até que podia estar errada mas permitia-nos chegar ao destino de uma forma pouco sinuosa...pouco atribulada...

Mais de meio século depois, no início do século XXI a situação é ligeiramente diferente...para não dizer completamente...continuamos a viver sob um delírio universal, mas já não divino...surge um novo renascimento, qual Da Vinci ou Michelangelo, substituímos Deus pelo homem e apostamos em nós próprios...colocamo-nos no centro do universo, e vai daí passamos a viver sem qualquer moral, sem qualquer esforço porque estamos convencidos de que temos todos o mesmo direito em ser felizes...custe o que custar, pise-se quem pisar, avance-se por onde se avançar...vivemos com base no fútil, na imagem, no efémero...principalmente neste último...

A sociedade actual, principalmente a faixa etária dos 20 aos 40 anos da parte ocidental do globo, vive acreditando apenas em si próprio...troca-se o amor ao próximo pelo amor próprio, investe-se em ginásios e Kick Boxing, Anti-depressivos ou drogas leves, passeios à beira-mar em noites quentes de Verão e muito, muito chocolate, Internet´s , Rave Party’s, consumo e mais consumo, uma auto estima do tamanho do mundo e numa série de outras coisas que nos colocam a viver...saudavelmente? (tenho as minhas dúvidas)...mas sozinhos...Invertemos a nossa posição a toda a hora, porque nos deixamos levar pelo momento...apaixonamo-nos a cada esquina, a cada hora, a cada instante porque continuamos a viver com instintos carnais, com necessidades básicas e sem grande controlo sobre o nosso id, mas achamos por bem andar a brincar um pouco com a vida, substituindo tudo e todos por um desejo incompreensível de mudança rápida em tudo aquilo onde estamos inseridos...qual Midas, qual quê, transformamos tudo onde tocamos em ouro mas queremos sempre mais...queremos diamantes...mas lá está...a ganância quase sempre não nos leva a um fim risonho...não subsistimos a nada, porque o próximo é que não quer ver o que nós já vimos vai para anos, e passamos completamente ao lado do facto de cada um ser igual a si próprio...não temos o mínimo de consideração pelo próximo, utilizando-o apenas quando este ainda é um brinquedo novo...trocando-o rapidamente mal surge modelo novo...um pouco a jogar ao toca e foge, um pouco a jogar ao gato e ao rato...excluimos o romantismo por supostamente fazer mal, criámos o absolutismo/narcisismo que, perceba-se a ironia, nos faz um bem terrível...transformando-nos em deuses intocáveis...

Banimos definitivamente a palavra adaptação do nosso dicionário, recusamo-nos a ceder, a pedir desculpa, a engolir um orgulho besta que se apodera de nós porque estamos plenamente convictos de que somos os maiores. Não deu agora, dá depois, não deu com este dá com aquele, não deu assim, dá assado...

Dever-se-á ao tempo? Pode ser. Para mim faz parte do processo natural da coisa. O Renascimento está de volta, mas desta vez não se apostou na arte nem na poesia. Apostou-se em qualquer coisa que nos levará a um destino do qual eu sinceramente tenho medo...muito medo mesmo...

quinta-feira, maio 11, 2006

De um louco...a quem não deixam rimar...

Que raio de mundo é este em que quem luta por aquilo que ama é apelidado de louco...?!?!?!...Preferia quando nos chamavam de poetas...

quarta-feira, maio 10, 2006

She

She
May be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She
May be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day

She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell

She
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She
May be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die

She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in ready years
Me
I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is

She
She, oh she

(By Elvis Costello)