domingo, abril 30, 2006

Teoria II - Até ao fundo do poço...

Como se de um poço se tratasse...deixando-nos apenas cair. A vida é madrasta, prega-nos destas partidas vezes sem conta, mas nós acabamos sempre por cair no mesmo erro...O mundo desaba à nossa volta, sentimo-nos a caminho do fundo mas vamo-nos sempre tentando segurar, equilibrar, não sucumbir...reflectir, parar para pensar...são conselhos nobres nessa altura, mas sempre, sempre ignorados...Então perdemo-nos, a meio do poço...algures agarrados nas suas paredes, tentando apenas recuperar o fôlego...vivendo na ilusão, de que segurados a meio do mesmo nos poderemos aguentar como se estivéssemos assentes em terra firme...e para quê, pergunto eu, se o que nos fez cair nos deixou sem forças?!?!...para quê, se o que nos fez cair nos colocou de rastos?!?!...Para quê, se não é ali a nossa realidade?!?!...Agarrarmo-nos a algo palpável, que nos pareça suficientemente sóbrio em dada altura, mas no minuto seguinte estamos de novo a caminho do inevitável...a ceder...e então descemos mais um pouco, mas continuamos sem perceber...e apenas atrasamos o necessário...chegarmos ao fundo...porque só aí podemos descansar...e só aí, podemos efectivamente recuperar o tal fôlego...que nos fará verificar que o objectivo é voltar lá cima...é simplesmente subir...