domingo, dezembro 18, 2005

Ali...

Ali percebi que não suporto esta sensação de impotência que me encerra o olhar...me pesa a face...me corrói a alma...esta sensação de tudo saber e nada poder fazer para que tu consigas acreditar...para que possas deixar as incertezas de lado, deitar as dúvidas janela fora...e possas olhar para mim como um todo nesta parte tão plena da nossa vida...a vida que uma noite destas fizémos nascer tão luminosa, mais brilhante que a própria luz...

Ali onde alguém na sua inocência, naquela que por toda a humanidade vagueia, principalmente naqueles que conseguem perceber a dor naquilo que escrevo...a dor que sinto...alguém escreveu “A morte é um promessa que nos fazem à nascença”...mas tu a mim, ali, quando eu nasci não me prometeste a morte...prometeste-me a vida...porque não alcanças agora o que contigo consegui alcançar?

Ali...naquele espaço sem igual, onde o mundo costuma parar de girar e só o que a nós diz respeito consegue manter-se perceptível...alcansável...intrepertável...ali onde a terra acaba e o mar começa...tão profundo, tão infinito...não senti a tua falta...porque tu estavas lá, a encher o espaço...porque a nossa alma permanecerá ali para todo o sempre...até ao dia em que juntos a formos recuperar...

Ali...

1 comentário:

Anónimo disse...

"There's just too much that time cannot erase..." Evanescence